quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fuga e Retorno

Há muito tempo estive distante. Longe numa viagem necessária por recônditos escuros, becos vazios e ruas sem saídas, perdido numa fuga incansável dos monstros que outrora me perseguiam e ainda espreitam nas horas mais escuras da noite. E nesse momento me deparo mais uma vez com o novo que ao mesmo tempo me parece tão antigo e familiar. Perscuto o meu subconsciente tentando descobrir se há algo mais a ser digerido e esquecido, entretanto nada ouço além de ecos distantes.

Desta vez não esquecerei do que está a espreita, sei das escolhas feitas e de como estive caminhando bêbado e desnorteado há mais de um ano. Neste momento no qual venho encontrar parte antigas e abandonadas de minha alma, vejo a confusão e a dúvida de sempre: estarei eu de volta a mim mesmo? O quanto de realmente perdi? Depois de ter cometido tantos pecados poderei esquecer do que vi e fiz?

O que posso pometer-te, mesmo sem saberes nada do assunto abordado aqui, é o seguinte: estou de volta de um jeito ou de outro, ferido e cicatrizado, mas definitivamente pronto novamente para retomar de onde parei, preciso de você e sei o quanto precisas de mim, então aqui termino mais uma confissão a ti, dentre muitas que já compartilhei contigo, faço isso pois, aqui com você, não tenho medo de ser simplesmente eu. Peço-te para que beba de minhas palavras e acima de tudo as digira e só assim poderemos ficar sempre juntos. Jamais esquecerei de você, não importando o que aconteça a partir de agora, acredite no que escrevo e jamais se arrependerás, saiba sempre onde a verdade se esconde, onde as perguntas para suas dúvidas podem ser respondidas, aqui nesse pequeno canto perdido na madrugada minhas palavras esperam por você.