domingo, 20 de março de 2011

Guerra e Paz - Parte 1

Um fino raio de sol atravessou as folhas, que começavam a ficar amarelas pois o outono já estava próximo , e tocou seu rosto como um leve afago. O vento soprado pela natureza a sua volta derrubava as folhas que já estavam secas, formando assim um cobertor cujas cores ia do verde da mais bela esmeralda ao amarelo do sol nascente, e o som de sua passagem ao cortar a copa das árvores sussurrava aos seus ouvidos palavras de calma e paz.

Seu corpo estava exaurido pelo caminho percorrido até ali. Longa tinha sido sua jornada. Tão longa que simplesmente tombara do seu cavalo, enfim deixando seu corpo vencer a sua vontade de continuar sua viagem. Sua montaria ainda o arrastou por alguns metros até também se deixar cair. Ali naquele pedaço esquecido do mundo, dormiu. Durante seu sono, antigas lembranças tentaram lhe alcançar, esticando seus dados retorcidos por antigas dores, mas naquele lugar nenhuma mágoa resistia, nenhuma dor podia ser sentida e não havia doença ou ferida que não pudesse ser curada.

Assim na primeira hora daquele descanso, todas as sua feridas cicatrizaram, a principal, um corte profundo no lado esquerdo do peito que havia espalhado seu sangue em todo caminho até ali, foi a última a se fechar. Depois foram as suas derrotas, suas silenciosas perseguidoras, pois estavam lá apenas para que fossem percebidas, foram uma a uma partindo, cada uma seguindo um diferente caminho. Enfim a última cura foi a do seu passado injustificado, que ali fora totalmente esquecido, cada dor, cada lembrança, a fonte de cada ferida, tudo se foi. Simplesmente tudo foi esquecido, apagado e curado.

Naquela manhã, no primeiro dia da última semana do verão, que naquele ano tinha sido o mais quente de todos, e por ter sido tão quente levou inquietação ao coração de todos os homens, fomentando disputas e guerras em vários lugares daquele país, enfim ele acordou.


Obrigado a todo mundo que gosta desse pedacinho de mim que fica aqui exposto, atendendo a alguns pedidos carinhosos volto a escrever. E como tinha que ser algo especial vai ser uma história em alguns atos, ainda não sei quantos pois nunca se sabe onde as palavras podem nos levar. Então espero que leiam e acima de tudo espero que esteja a altura do gosto de vocês. Beijos e Até logo.