sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tesouro Perdido, Parte II

Muitos leitores vêm me pedindo para dar continuidade a algumas histórias, então atendendo a esses pedidos este post é a continuação do post anterior. Se alguém quiser dar uma sugestão sobre algum post antigo de que gostaria de ver uma continuação ou que seria cabível é só dizer.

Estou de pé na frente da porta. É aqui onde tudo deve terminar, só basta abri-la para cumprir com a minha missão. Mas estou tão cansado que caio de joelhos, usando minha espada como apoio para não cair. Nem parece com arma magnífica que fora a tão poucos dias atrás, está partida. Só lhe restou o cabo e mais alguns centímetros de lâmina.
Sinto o sangue escorrendo pelo meu corpo até minha perna. A armadura que brilhava a luz do sol enquanto cavalgava, agora está amassada, enegrecida e pesa mais que meu corpo. Aperta meu peito e não me deixa respirar. Começo a desprendê-la de mim. Quando emfim a retiro, sinto-me livre, tento respirar fundo. Mas parece que estou respirando fogo em vez de ar.
Meu peito arde, sinto as pontadas dos ferimentos, parece que sinto as garras daquele dragão penetrando novamente na minha carne. Largo minha espada quebrada, de nada mais ela será útil. Me apoio com ambas as mãos no chão e quase bato com a cabeça na porta.
Dei tudo de mim para chegar aqui, e a tudo perdi. Só restou o que me mantém vivo, meu coração, batendo com tanta força que me faz sentir mais dor. A dor, minha velha conhecida, não me deixa esquecê-la. Tão forte é sua presença. Nada consegui na vida sem a companhia dela. E aqui estou eu, tentado dar o ultimo passo, mas a dor não deixa.
Meu sangue se esvai levando junto com ele o que me trouxe até aqui. A cada gota sinto menos, quero menos, anseio menos. As sombras começam a se mover pelos cantos, tentam se aproximar de mim sem que eu perceba. Mas eu as sinto perto. Lembro do frio reconfortante do seu abraço, a promessa de paz de seu toque, mas lembro também do refúgio vazio que elas criam. Onde só há silêncio e escuridão.
Com um impulso empurro meu corpo para trás e estendo minha mão para a maçaneta da porta, e a seguro com força. Mais dor, mais sangue advém do esforço, me puxo em direção a porta e me choco nela, aproveito a chance para descansar, sinto frio, ouço o rastejar das sombras e é nesse momento que giro a maçaneta e caio para dentro do quarto. Eu e o que sobrou de mim adentram.
Estou lá sem espada, sem armadura e sem cavalo. Somente eu e o que sobrou de mim depois da longa viagem, da dura luta e da difícil subida. Estou aqui, e espero que ela me acolha e cure minhas feridas, pois tudo fiz por ela, e agora só desejo a paz de seu amor.

5 comentários:

  1. Pensei que fosse derrotar o dragão. Mas conseguiu a tão desejada paz, então já está de bom proveito. =D

    ResponderExcluir
  2. Tah muito bom mesmo. Ainda tem mais um capitulo ou jah acabou?

    bjos

    ResponderExcluir
  3. adorei....
    vc escreve super bem!!=)

    estou te seguindo ok?!

    bjinhos

    ResponderExcluir
  4. ' Oi Jean tudo bem?!
    Sim...foi você q me add no MSN foi?!

    bjoo's no ♥

    Josy*

    ResponderExcluir
  5. Um final feliz merecido.
    Vai continuar?

    www.hoppipollablog.blogspot.com

    ResponderExcluir